Formação de Equipe do Departamento de Radiologia: parte 2

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Os pontos fortes e fracos de novas contratações para a equipe do departamento de Radiologia

Por Ron Jones MSRS, RT (R, CT) ARRT.

Obs. do editor: esta é a segunda de uma série de duas partes. Na primeira parte, analisamos os benefícios e o processo de treinamento cruzado de colaboradores atuais para preencher uma vaga.  E as contratações externas? Essa é uma opção melhor? Continue lendo.

Pontos fortes da contratação de equipe de radiologia de fora da empresa

Já possui experiência na modalidade

Talvez a maior vantagem seja que o novo colaborador já tenha experiência na vaga que você precisa preencher. Os administradores de radiologia entendem que as habilidades de um tecnólogo melhoram com o tempo. Os anos passados em campo significam conhecimentos incomparáveis que seu departamento obterá com a contratação.

imagem de médicos / enfermeiros correndo em um corredor médico em segundo plano com o texto "Novas contratações para radiologia: prós e contras"
Pro: um novo contratado de fora do departamento já terá experiência na modalidade.

Um tecnólogo experiente pode gastar menos tempo em cada exame. Ele é capaz de estabelecer o que o radiologista precisa ver em menos tempo. Isso significa que mais exames podem ser realizados e, portanto, o departamento ganha mais pelas unidades ou negócios. No entanto, essa não é a realidade para um iniciante que tenha sido treinado de forma cruzada, uma vez que ele precisa de tempo para se desenvolver na nova modalidade.

Pode trabalhar com eficiência já no primeiro dia

O técnico em radiologia que você contratar pode começar imediatamente e entregar resultados desde o primeiro dia. O treinamento cruzado de um técnico interno exigirá tempo para o treinamento e o ingresso no novo trabalho. A contratação externa permitirá que você encontre a pessoa certa para o trabalho imediatamente. O novo colaborador ainda terá que aprender o sistema atual de registros médicos eletrônicos (Electronical Medical Records, EMR), PACS e outros softwares, mas saberá os princípios fundamentais. Há também uma chance de que o empregador anterior tenha usado o mesmo software que seu departamento de Radiologia. 

A contratação externa também permite que você preencha a vaga e comece a modalidade imediatamente. O treinamento cruzado requer tempo para pelo menos um tecnólogo instruir o colaborador que está sendo treinado.

Traz nova energia

Um colaborador externo pode injetar nova energia no departamento de Radiografia e transformá-lo. Ele traz consigo melhores alternativas e pode ser uma fonte de melhorias significativas. Ele pode ser o que seu departamento precisa para ser ainda mais eficiente. Uma nova perspectiva pode ser muito positiva para um departamento estagnado. 

Pontos fracos da contratação externa

Pouco conhecimento do hospital

Um novo colaborador terá pouco conhecimento sobre o hospital e o departamento e, portanto, levará muito tempo para se adaptar. Há procedimentos, políticas e EMR a serem aprendidos antes que ele possa trabalhar confortavelmente em sua posição.

Além de os primeiros meses serem difíceis para o colaborador, o departamento não poderá aproveitar o novo colaborador ao máximo durante esse período. Tendo em vista a função essencial que o departamento de Radiologia desempenha no hospital em termos de renda, o período de adaptação pode afetar negativamente o hospital.

Não familiarizado com o sistema de informática

As unidades de exames médicos tendem a ter software personalizado para a operação de sues equipamentos. Um indivíduo contratado externamente, portanto, terá uma curva de aprendizagem acentuada. Pode ser necessária orientação dedicada para adaptar o novo colaborador ao sistema de informática em uso. Um colaborador acostumado a realizar exames no equipamento de um fornecedor pode precisar aprender um novo sistema de exame, inclusive alterando seus protocolos de exame. Embora os conceitos básicos ainda sejam os mesmos, o fluxo de trabalho para obter os exames pode ser completamente diferente. 

O treinamento cruzado enfrenta esse problema fazendo com que o candidato treine no trabalho e, portanto, ele entenderá bem o sistema no momento em que assumir a função de especialista. 

Médica, analisando os resultados da ressonância magnética cerebral de um paciente no monitor do computador na sala de controle.
Contras: um novo contratado não terá experiência em seu software.

Não familiarizado com os colegas de trabalho

Um dos principais desafios para que os novos colaboradores se tornem produtivos é a dinâmica de ingressar na força de trabalho existente. Pode levar algum tempo para ganhar o respeito dos colegas de trabalho que permitirá uma experiência sem problemas.

Isso se torna ainda mais desafiador quando a pessoa que está sendo substituída era respeitada na equipe. O novo colaborador terá que se esforçar para se encaixar no lugar de seu antecessor.

Autoestima baixa entre os colaboradores

Quando ninguém espera promoções porque o empregador vai contratar alguém de fora, isso terá um impacto negativo na autoestima do departamento. A contratação externa reduz a expectativa de carreira dos colaboradores e, portanto, eles podem não apresentar seu melhor desempenho.

O novo colaborador pode não ter um bom desempenho

Existe o risco de o novo colaborador não se encaixar na posição. Ele pode passar nos processos de entrevista e triagem, mas não se encaixar bem de forma geral. Esse é o objetivo de um período de avaliação de 90 dias. Se for preciso dispensar o colaborador e contratar outra pessoa, o departamento de Radiografia sofrerá uma perda significativa de tempo e dinheiro.

Comparando o custo do treinamento cruzado com a contratação externa

Estudos mostram que a contratação de novos colaboradores custa entre 50 a 60% do seu salário anual. Isso é significativamente mais alto do que treinar um colaborador atual para ser capaz de desempenhar uma nova habilidade e responsabilidade (1).

Close-up da mão de um empresário equilibrando moedas empilhadas na gangorra de madeira com o dedo na mesa
A contratação de um profissional experiente significará um salário anual mais alto comparado a um funcionário com treinamento cruzado.

No entanto, no início, pode parecer que o treinamento cruzado custa mais, pois o colaborador em treinamento recebe pagamento enquanto aprende no trabalho. Além disso, o treinador pode precisar de um aumento salarial se sentir que o treinamento afeta a descrição de seu trabalho.

A contratação, por outro lado, custará menos no início (se houver necessidade de preencher a vaga aberta durante o período de treinamento cruzado, conforme explicado na primeira parte). Mas contratar um profissional qualificado significará um salário anual mais alto, pois sua experiência também entra em jogo imediatamente após a contratação. A longo prazo, o custo de um colaborador externo qualificado será maior do que um colaborador interno leal e treinado de forma cruzada.

Conclusão

Com base em minhas observações e pesquisas, o treinamento cruzado da equipe de Radiologia para preencher vagas em modalidades avançadas é superior à contratação externa.  Há muitos benefícios, inclusive menores custos de execução, melhorar a autoestima dos colaboradores e transição mais suave, entre outros.

A contratação externa só é ideal quando é necessária uma substituição imediata e não há ninguém disponível para treinamento interno. Idealmente, os administradores de radiologia planejam realizar treinamento cruzado em antecipação a eventos como futura escassez de equipe e aumentos previstos no volume de pacientes. Sua equipe de radiologia agradecerá. E quem não acharia útil melhores resultados da pesquisa de colaboradores?

Em sua opinião, qual é a melhor opção para preencher vagas na equipe de radiologia: treinamento cruzado ou novas contratações?

Saber Mais:

Referências

1 Foster.edu: The Cost of Hiring the Perfect Candidate vs. Training an Existing Employee

Ron Jones MSRS, RT (R, CT) ARRT é tecnólogo, administrador, palestrante convidado e mentor. Ele trabalha na área da saúde há mais de 25 anos. Um flebotomista que atua como técnico em radiologia, ele é treinado em radiografias, CT, US e RM. Na última década, ele se concentrou na administração de exames de imagem. Ele é apaixonado por compartilhar seu conhecimento e ajudar a orientar novos técnicos em radiologia ou outros interessados no campo da Radiologia. Acesse seu blog, O tecnólogo radiológico.

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